Quando falamos em finanças do casal, ou seja, aprender a saber gerir o nosso dinheiro, o mesmo se aplica se a gestão for a dois, devendo ser bem coordenada e organizada, de acordo com o rendimento do agregado familiar, para não ter surpresas e estarem bem preparados para despesas inesperadas, começando bem cedo a falar sobre o assunto de dinheiro em conjunto, fazendo com que a aprendizagem seja cada vez melhor e mais eficaz com a partilha esperada.
E porque é que é importante planear a dois?
Se uma nova fase da vida se aproxima a dois, há muita coisa em que pensar… e a gestão financeira não pode ficar esquecida! Há que planear tudo, até mesmo antes da mudança, para garantir que tudo vai correr pelo melhor.
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Para isso é importante saber em conjunto, como podem e devem tomar as melhores escolhas. Para isso aqui ficam algumas dicas:
Finanças do casal: 6 dicas para praticar
1 – Poupar a dois
É importante a criação de uma poupança programada mensal, onde definem os dois o mesmo valor que será debitado da conta à ordem, com um objetivo comum, que pode ser por exemplo, umas férias. Com a motivação e valor mensal a dobrar vai ser mais rápido lá chegar. É importante a criação de objetivos em conjunto, mas também individualmente, para isso é fundamental uma adequada gestão financeira, para que seja possível chegar onde pretendem, sabendo o que é necessário e como fazer para atingirem as metas propostas.
2 – Dividir responsabilidades
Para que a vida financeira seja equilibrada e bem organizada, é necessário que as finanças caminhem na direção certa. A gestão das finanças a dois deve ser bem planeada e nada melhor do que começar de forma correta com a divisão de responsabilidades no que diz respeito a despesas. Devem analisar bem o rendimento bruto de cada um e assumirem compromissos e responsabilidades de organização nas contas. Para ajudar podem criar uma lista de todas as despesas que têm ou passarão a ter mensalmente (renda, água, luz, alimentação, etc) e depois das contas feitas dividam irmãmente por cada um, onde mensalmente se podem reunir e avaliar se tudo corre conforme previsto, para evitar desvios e partilharem como correu o mês.
3 – As contas no banco
Podem começar por manter cada um a sua conta e vão avaliando no tempo. Se acharem que faz sentido, abrir uma conta para os dois, analisem sempre os custos associados e caso não compense cancelem as contas que estão a ter despesas, mas tomem decisões bem ponderadas, na escolha da conta e do banco. O mesmo acontece com os cartões, caso não os utilize e principalmente os de crédito cancele, para evitar mais custos futuros.
4 – Conversar abertamente sobre dinheiro
Falar sobre dinheiro deve ser normal, num café a dois ou num lanche onde podem e devem começar desde logo a criar esse hábito, para que permaneça no tempo e ajude a conseguirem tomar as melhores e mais acertadas decisões financeiras nas várias etapas da vida a dois.
5 – Fazer uma revisão aos custos atuais
Muitos são os custos que vão passar a ser diferentes e que é importante perceber os custos que tinha e os que vai passar a ter, nomeadamente com despesas regulares como, luz, gás, água, renda, etc. Analisar os custos passados ajuda a programar e organizar melhor despesas futuras e a perceber como podem poupar dinheiro. Pagava uma renda de casa? Então essa renda poderá eventualmente passar a ser dividia por dois, o que torna neste ponto a situação mais leve. Se por outro lado sempre viveu na casa da família, e agora vai mudar de vida, então deve perceber melhor e em conjunto com a cara metade, quais passarão a ser os reais custos daí para a frente, para fazerem as contas bem ponderadas e com o devido tempo, sem pressas. Nessa análise não pode faltar nada, como por exemplo, gastos em despesas de supermercado, onde eram umas e passarão a ser outras. Tudo conta para ter uma vida a dois financeiramente bem equilibrada.
6 – O Fundo de emergência
Mesmo para um casal, é importante que comecem a pensar em estruturar um Fundo de Emergência, que significa ter um montante sempre disponível para fazer face a imprevistos presentes e que pode ser iniciada com a poupança programada já referida, podendo ser uma bela forma de começar a ter esta fundo de emergência, como um dos objetivos a concretizar em conjunto.
Quando iniciamos uma vida a dois, devemos olhar para o futuro e no presente fazer de tudo para que esse mesmo horizonte seja promissor, e mesmo quanto às finanças não pode ser exceção. Muitas são as pessoas que acabam por não falar abertamente sobre dinheiro e isso é das coisas mais importantes a fazer também numa relação a dois, para que essa abertura permita gerir todo um caminho que passará a ser feito a dois, e que quanto mais transparência e abertura houver mais frutos vão colher no futuro.
📌 Dica adicional: Se estiverem a pensar pedir algum crédito, analisem bem os prós e contras. Tentem juntar ao máximo primeiro para gastar depois e evitarem pedir créditos. Se já tiverem algum a decorrer, está na altura de analisarem quanto tempo falta para terminar e ir fazendo amortizações, para que termine depressa. Também aqui é importante que a gestão financeira entre em ação e possa ser feita com muita atenção, para terem as finanças bem controladas. Quando falamos em seguros, devemos também analisar quais os seguros que temos e se vale a pena continuar com eles, como por exemplo o caso do seguro automóvel que é obrigatório. No entanto podemos e devemos sempre negociar todos os seguros, uma vez por ano para poupar dinheiro e quanto mais conseguirem poupar melhor, porque é sempre uma ajuda adicional para quem está a planear uma vida a dois.
Portanto já sabe, faça tudo com tempo e prepare bem a mudança a dois e fale de dinheiro, porque a mudança de hábitos pode fazer toda a diferença, pode e deve fazer parte dos assuntos normais em família, para que o futuro seja ainda mais consciente.
Quer saber mais sobre finanças de casal e como organizar um orçamento familiar? Vamos conversar!